Foco no consumidor, flexibilidade e agilidade são as palavras de ordem do “novo varejo”

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Tudo indica que a evolução do varejo veio e continuará pela via da tecnologia. É ela que está zerando o jogo e revolucionando a experiência do consumo. No primeiro dia de NRF, no domingo (16), em Nova York, ficou claro que a aceleração, tema do maior evento de varejo do mundo, se tornou possível porque as empresas ingressaram de vez na revolução digital — que ocorre em diferentes níveis, e de diversas maneiras, na cena varejista ao redor do mundo. Acelerar também significa agilizar nas entregas e na eficiência para o consumidor: a velocidade das entregas nunca foi tão essencial para a sobrevivência e, nesse sentido, se antes havia rivalidade e muros que dividiam lojas físicas de operações digitais, hoje sabe-se que as lojas físicas são estratégicas para os negócios e grandes aliadas das operações digitais. O e-commerce explode ao redor do mundo, e na China já representa a maior parte das vendas. Mas serviços como a retirada em lojas físicas tornaram-se essenciais para diversos negócios. 

Steve Williams, CEO da PepsiCo Foods North America (Crédito: reprodução NRF 2022)

Muitas operações de varejo — um bom exemplo é a Zara — permitem que o consumidor compre online, com acesso direto ao estoque das lojas físicas, e assim possa reservar uma peça e buscá-la imediatamente após a compra online. Durante a pandemia, como bem lembrou o CEO da Target, Brian Cornell, o serviço de retirada nas lojas — implementado por ele como inovação antes da pandemia — ganhou destaque.

Foco no consumidor, flexibilidade e agilidade são, portanto, as palavras de ordem do “novo varejo”. Nesta nova cena, a tecnologia é aliada: amplia a conexão com clientes e traz dados para aprimorar serviços e experiências de compra.

Sustentabilidade e diversidade também foram temas tratados com seriedade e comprometimento em diferentes conversas no primeiro dia de NRF. Estão na ordem do dia de grandes empresas: entraram no radar das pessoas.

“Estamos em 94% dos lares americanos. Temos a responsabilidade de construir relações de confiança. Passamos muito tempo pensando sobre isso. As pessoas esperam mais das marcas”, disse o simpático CEO da PepsiCo Foods North America, Steve Williams, em uma conversa na qual confessou que se tornou um líder mais “visível” durante a pandemia, em contato mais frequente com seus funcionários. 

Arvind Krishna, Chairman e CEO da
IBM (Crédito: reprodução NRF 2022)

O CEO da IBM, Arvind Krishna, lembrou que a IBM se comprometeu a utilizar 90% de energia limpa até 2030 — além de reduzir parte do seu uso. 

“Sustentabilidade é um grande fator para os negócios, e demanda ação de Governos e implementação de infraestrutura para possibilitar, por exemplo, a economia circular”, comentou.  

Na China, o futuro já chegou, e sua força no varejo segue como grande escola para o restante do mundo. 

E o metaverso, que muitas vezes gera dúvidas? É um caminho inevitável e a razão é simples: quem pretende sobreviver às próximas gerações de consumidores, não poderá ignorá-lo. Pois ele já está “embedado” nas mentes e nos corações das gerações Z e Alpha — e fará parte da rotina desses grupos que serão, muito em breve, maioria, inclusive em poder aquisitivo. Para essas gerações, consumo é diversão, e pode ser feito de inúmeras maneiras: nas redes sociais, em games, em live streaming, em comunidades que trocam, emprestam, alugam. É o conceito de “Alt Commerce”. Segundo o bombástico estudo apresentado pelo GDR Creative Intelligence jovens consumidores preferem comprar nos feeds das redes sociais, e valendo-se de métodos menos tradicionais — no lugar de websites “chatos”. Ou seja, o metaverso pode ser uma grande oportunidade de vendas. 

E tudo indica, que, no futuro, todos teremos versões virtuais de nós mesmos. 

Acompanhe a cobertura especial da Fast Company Brasil da NRF 2022. 


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