Dados históricos do campo da agtech Solinftec criam vantagem competitiva na agricultura de precisão
A agricultura de precisão, que hoje define a crescente e melhor produtividade no campo, se baseia em dados que são trabalhados para indicar melhores momentos para preparar o solo, plantar, como aplicar defensivos e insumos, colher e estocar. Os produtores rurais conseguem acompanhar melhor todas as fases de trabalho com o apoio de sistemas de tecnologia bem estruturados. Em 2007 quando iniciou suas operações no Brasil, a Solinftec possivelmente teve que se valer muito das percepções sensoriais e presenciais para entender as necessidades dos agricultores e do campo. Captaram e trabalharam dados que passaram a compor um sistema que entregasse diretrizes mais assertivas para o produtor rural.
A oferta de serviços evoluiu ao longo do tempo. Hoje atende clientes no Brasil e no exterior, cobrindo 9 milhões de hectares com monitoramento e gestão de propriedades rurais, incluindo serviços de telemetria para melhorar a produtividade. Para se ter ideia da extensão de cobertura, essa área equivale a perto de 10% de toda a extensão territorial do Brasil. Não é pouco. Certamente a viabilidade dessa cobertura depende demais de boa conectividade e das estruturas de captação e de processamento de dados.
Guilherme Guiné, Chief Sustainability Officer da Solinftec (Crédito: Solinftec)
Guilherme Guiné, Chief Sustainability Officer da Solinftec, destacou que há um conjunto de soluções e estruturas necessárias para que os clientes possam usufruir da inteligência gerada pelas soluções da empresa. Inicialmente, se valem do grande acervo de dados obtidos a partir do monitoramento das operações, que abastecem os sistemas de machine learning, obtidos dos grandes clientes que atende há muitos anos.
Dentro da cobertura de serviços da empresa existem, por exemplo, estações meteorológicas que ajudam a monitorar as condições ideais para aplicação de insumos, definição de plantio e colheita. Afinal, não faz sentido executar ações no campo se as condições climáticas não estiverem adequadas.
“O mapeamento do campo favorece os processos de financiamento por ser um suporte na aferição de produção e garantias,” ressalta Guiné. Os insumos podem ser rastreados, assim como as safras que são dadas em garantia.
A empresa hoje atende clientes de grande porte, com áreas de mil a 10 mil hectares, mas prevê ampliar a oferta de serviços para clientes menores no modelo de SaaS (software as a service). Desta forma, viabilizará o acesso de muitos produtores rurais de pequeno porte e conseguirá otimizar ainda mais o uso de suas soluções.
Muitos produtores rurais podem ainda se valer da experiência de décadas de pisar o solo, olhar as nuvens, tocar os grãos, captar os sinais que a tecnologia ainda não consegue interpretar. Vale muito. Apenas necessitarão abrir espaço para novas tecnologias se quiserem ser mais competitivos.
