Quão criativo você é? A resposta está neste teste de 4 minutos

Crédito: Fast Company Brasil

Connie Lin 2 minutos de leitura

Como quantificar a criatividade? A resposta não é simples, mas um consórcio internacional de pesquisadores das universidades McGill, Harvard e Melbourne estudou o assunto e chegou a um teste que revela, em quatro minutos, quanto de potencial criativo há dentro de você.

Ficou curioso?

O teste funciona assim: 1) Sente-se. 2) Pense em 10 palavras que tenham o mínimo possível de relação entre elas — em significado, categoria ou conceito. 3) Confira os resultados.

E é isso – o resto fica por conta da mágica do algoritmo. O teste, chamado de Tarefa de Associação Divergente, emprega um software que mede a “distância semântica” entre as palavras. Por exemplo: as palavras “gato” e “cachorro”, que são diferentes, mas relacionadas de alguma forma, teriam uma distância semântica menor que as palavras “gato” e “túnel”, que possuem menos ligações.

De acordo com os pesquisadores, as pessoas que conseguem produzir palavras com uma maior distância semântica podem ser objetivamente mais criativas. Então, se as suas palavras forem “verde”, “azul” e “roxo”, você poderia ser considerado menos criativo do que suas palavras fossem “chassé”, “coragem” e “folha.” 

Os resultados do Teste de Associação Divergente (TAD) parecem concordar com os resultados recebidos pelos participantes em dois outros medidores de criatividade estabelecidos (o de Tarefa de Usos Alternativos e o de Tarefas Associativas), o que sugere que ele é no mínimo tão eficaz quanto os outros. Contudo, o TAD é mais simples e mais elegante que muitos dos testes tradicionais de criatividade, que requerem métodos de avaliação demorados e subjetivos. Tais sistemas também tornam avaliações multiculturais difíceis. De acordo com os autores, ao ser aplicado em mais de 8.500 participantes em 98 países, as distâncias semânticas variaram pouco por população, o que sugere que o teste não possui um viés demográfico e pode ser usado em populações diversificadas. 

O TAD, contudo, não testa todas as definições de criatividade, mas sim um tipo específico: o pensamento divergente, que é a capacidade de gerar uma cadeia de soluções diferente para um problema aberto. (Outro tipo, o pensamento convergente, envolve encontrar a melhor solução para um problema após o cálculo de múltiplos fatores.) De acordo com Jay Olson, o criador do TAD, este é só um começo – e o primeiro passo para um entendimento mais amplo da criatividade para, posteriormente, compreender como ela poderá ser cultivada nas mentes das próximas gerações. 

“A criatividade é fundamental para a vida humana,” diz Olsen, que é doutorando no Departamento de Psiquiatria da McGill e membro do pós-doutorado de Harvard. “Quanto mais entendemos sua complexidade, melhor podemos estimulá-la em todas as suas formas.”


SOBRE A AUTORA

Connie Lin é jornalista freelancer e colaboradora da Fast Company. saiba mais